SONETO DO ANO NOVO E DO ANO VELHO
Nascer pra morrer no primeiro aniversário.
E logo entrar na UTI desenganado.
Sem estudar, brincar nem receber salário.
E ter seu último estertor comemorado.
Só se fala “Feliz Natal e Ano Novo”!
Do velho moribundo, não se lembra o povo.
Que não é velado nem a sério é levado:
Fica insepulto e nem sequer é pranteado.
Será essa passagem do ano alegórica,
O emblema de uma lição categórica,
Sobre a vida do homem em geral?
Sobretudo na Cultura Ocidental:
Onde o novo vale tudo e nada vale o velho,
E, no vale da vida, vale mais o escaravelho!
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Em tempo: Fazendo valer a tradição,
Desejo de todo o coração,
Pros amigos e todo o seu povo
De realizações, um Ano Novo!