SONETO DO ANO NOVO E DO ANO VELHO

Nascer pra morrer no primeiro aniversário.

E logo entrar na UTI desenganado.

Sem estudar, brincar nem receber salário.

E ter seu último estertor comemorado.

Só se fala “Feliz Natal e Ano Novo”!

Do velho moribundo, não se lembra o povo.

Que não é velado nem a sério é levado:

Fica insepulto e nem sequer é pranteado.

Será essa passagem do ano alegórica,

O emblema de uma lição categórica,

Sobre a vida do homem em geral?

Sobretudo na Cultura Ocidental:

Onde o novo vale tudo e nada vale o velho,

E, no vale da vida, vale mais o escaravelho!

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Em tempo: Fazendo valer a tradição,

Desejo de todo o coração,

Pros amigos e todo o seu povo

De realizações, um Ano Novo!

Pedro Cordeiro
Enviado por Pedro Cordeiro em 28/12/2012
Reeditado em 01/01/2013
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