Meu ombro ao leitor

Entendo que o entender não vi de nada...

Leitor que vives como um desengano,

Não vês que a prece sádica do insano

Oscila pelo vento d'uma fada?

Tu vives como um bom samaritano...

Chegaste ao ébrio fim d'alguma estrada...

Tens medo da verdade derramada...

Viveste já, leitor, d'algum engano...

Se as coisas inexatas já sentiste,

Entenderás meu verso dado aos cacos.

Leitor, eu sinto tudo o quanto existe!

Se vagas com o espírito em buracos,

Entenderás - então - meu verso triste

E sentirei - por ti - os ventos fracos...

26/12/2012

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 27/12/2012
Reeditado em 27/12/2012
Código do texto: T4055436
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.