Meu ombro ao leitor
Entendo que o entender não vi de nada...
Leitor que vives como um desengano,
Não vês que a prece sádica do insano
Oscila pelo vento d'uma fada?
Tu vives como um bom samaritano...
Chegaste ao ébrio fim d'alguma estrada...
Tens medo da verdade derramada...
Viveste já, leitor, d'algum engano...
Se as coisas inexatas já sentiste,
Entenderás meu verso dado aos cacos.
Leitor, eu sinto tudo o quanto existe!
Se vagas com o espírito em buracos,
Entenderás - então - meu verso triste
E sentirei - por ti - os ventos fracos...
26/12/2012