Soneto de Utopia

"Eu canto porque o instante existe

e a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste:

sou poeta."

(Cecília Meireles)

O Sol - e nada mais - no Céu deitado,

De manhã surge e, d'entre bordoada,

Levanta Canto lindo n'Alvorada...

E à noite, parte álgido e cansado.

Porém nunca desiste de seu fado -

Acender esta Nuvem desgrenhada.

E, da Luz que tem faz divina Espada...

Lutando contra o Pânico curvado.

Inebriar-se em quadro grácil, fausto;

Descrever a dor d'uma cicatriz;

Abjeto como Hitler no holocausto...

Ver a nobreza numa meretriz;

Sentir o dissabor atroz, infausto...

Nas Cordas lestas d'um Violão feliz!

22/08/2012

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 27/12/2012
Código do texto: T4055409
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.