Soneto de Utopia
"Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta."
(Cecília Meireles)
O Sol - e nada mais - no Céu deitado,
De manhã surge e, d'entre bordoada,
Levanta Canto lindo n'Alvorada...
E à noite, parte álgido e cansado.
Porém nunca desiste de seu fado -
Acender esta Nuvem desgrenhada.
E, da Luz que tem faz divina Espada...
Lutando contra o Pânico curvado.
Inebriar-se em quadro grácil, fausto;
Descrever a dor d'uma cicatriz;
Abjeto como Hitler no holocausto...
Ver a nobreza numa meretriz;
Sentir o dissabor atroz, infausto...
Nas Cordas lestas d'um Violão feliz!
22/08/2012