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BÁRBARA DE ALENCAR* [CCCLXXXI]
 


De heróis cearenses como genitora,
ela própria, de Exu, uma heroína,
Bárbara de Alencar tem que fascina
a história de martírios redentora.
 


A brava dos sertões trazida fora
a Fortaleza, a vila pequenina,
onde, depois, pousou carnificina,
por mão real, cruel e repressora.
 


Na Capital, ao pé de grande Forte,
Bárbara presa, tendo vida crítica,
sofreu desdita que a levou à morte.
 


Prisões e fugas só por ter decência:
das primeiras mulheres, na política,
presa por nos cobrar a Independência.
 

Fort., 26/12/2012.
 
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(*) Bárbara Pereira de Alencar nasceu no dia 11 de fevereiro de 1760, na cidade de Exu, interior de Pernambuco.
 
Casou-se, em 1782, com o capitão português José Gonçalves dos Santos, comerciante de tecidos na vila de Crato, região do Cariri, para onde se mudou e passou maior parte da sua vida.
 
Teve quatro filhos: João Gonçalves de Alencar, Carlos José dos Santos, Joaquina Maria de São José, Tristão Gonçalves Pereira de Alencar e José Martiniano de Alencar. Este último é pai do escritor José de Alencar.
 
Uma das primeiras mulheres a envolver-se em política, foi presa em Fortaleza em 1817 por participar de movimentos em prol da Independência do Brasil e por ter liderado o movimento que proclamou a República, no Crato, uma extensão da Revolução Pernambucana, liderada pelo Frei Caneca, no Recife.
 
Como represália, a Corte a manteve presa por quatro anos, transferindo-a para várias prisões, em Fortaleza, Recife e Salvador.
 
Considerada a primeira mulher presa política do Brasil, ela ganha a liberdade em 17 de novembro de 1821, por ocasião da Anistia Geral.
 
Em 1824, seus três filhos homens entram na luta que se chamou Confederação do Equador e que incendiou as províncias nordestinas. Nesta luta, ela viu morrer dois dos seus filhos, Carlos de Alencar e Tristão Gonçalves de Alencar Araripe.

Convém lembrar que, também, em 1824, por terem aderido à Revolução, algumas cabeças tombaram, em Fortaleza, na atual Praça dos Mártires e, entre outros  fuzilados, estão o Pe. Mororó, Pessoa Anta e o Pe. Ibiapina.
 
Bárbara morreu em 28 de agosto de 1832, na fazenda Alecrim, no Piauí, sendo sepultada em Campos Sales (CE).
 
Fonte (1): Jornal O Povo, 21 de Julho de 2007, postado por Evandro Rodrigues.  
 
Fonte (2): http://acessogeral.blogspot.com.br/
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 26/12/2012
Reeditado em 28/12/2012
Código do texto: T4053830
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