Soneto do perdão
Perdão pelo pecado não cometido
Pelos lábios molhados dos beijos que não dei
Esqueça o que não foi dito
Arrefeça o abraço que recusei
Lave os lençóis com marcas do amor
Das noites que nunca dividimos
Esqueça os sonhos e o sabor
Dos gozos que nunca sentimos
Rasgue as cartas nunca lidas
Cure as marcas de mordidas
Releve os defeitos que não demonstrei
Assim tudo volta sem ter ido
Fica apenas um poema sem sentido
Aquele que nunca entreguei