Soneto do Amor Sublime
Obra própria do amor, do nosso amor,
Perdida no amor , no nosso torpe defeito...
Fecha –lhe as lâminas a passo, com jeito,
Num encantamento de jardim em flor.
Veja como escrevo para ela sempre a compor
Eternamente triste e quase sempre perfeito
Nas mais belas rosas rubras do que és feito
Como os outros versos na minha senda de dor!
Da aparição blasfema e quando vier
Ansio que me prive desta solidão
Besta megera que me devora o coração.
Nos teus olhos quero sim me perder.
Livro da alquimia do verso da devoção
Versos lindos sois da mais prolixa emoção.
Herr Doktor