..A MORTE D'UM SANTO....

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N’alcova de portas antigas,

Da velha choupana soturna,

Ouvi tantas tristes cantigas;

Sombrias, plangentes, noturnas...

Ouvi tantos prantos, fadigas,

Lamentos ao morto na urna,

De face tão pálida e estrigas,

Em cachos desfeitos, cafurnas...

Caixão muito simples, de pobre,

Madeira comum, nada nobre,

Senão só as flores, divinas...

As alças e aldravas, de cobre;

O fundo forrado de alfobre;

A alma, porém, cristalina!!!

Aarão Filho

São Luís-Ma, 25 de Dezembro de 2012.