Ó COMO EU SINTO
Ó como eu sinto a dor e o prazer
De uma vida que faz a mistura,
Da alegria passada e da dor futura,
Do tudo ganhar, tudo perder!
E se eu sorri hoje nesta ventura,
Foi quando pude te conhecer,
Contentamento, vontade de viver,
Depois converte-se em amargura.
Mas nesta contínua concorrência
Entre o gozo da vida e o desgosto,
Entre o desfrutar e a abstinência,
É que é o desafio do oposto
Do ínclito dessa coexistência,
A leda e mórbida feição do rosto.
(YEHORAM)