Para quem lê

I

Pena tenho daquele que não lê

Pois torna-se ignorante,

Crendo em tudo aquilo que vê

E mais ainda naquilo que não pousa ant'olhos

Tendo no nonsense a base para o senso,

Deixando-se levar pelos lugares comuns

Dos fingidos consensos que crendo ter razão

Torna-se credo e credor de quem o vê como ponto final.

Sendo que todo ponto em vírgula deve se tornar,

E do ponto vir a surgir a ponte, nesse belo devir singular

Onde tudo se torna elo, refazendo o belo e o complexo,

"Inacabando" o dito acabado, pois fim somente encontra quem já se foi

Na linha de cada epitáfio morto. E da leitura se faz o verbo

Que julgado no presente, futuro e pretérito põe tudo no devido lugar!

JP 22/12/12