Luas vermelhas
Mocinha torce-se pra descer
Depois pra parar de doer
Reza-se logo pra vir
Antes que nasça outro ser
Corre assim teu sacrifício
As pétalas de uma rosa
Dor beleza e ofício
Numa flor vermelha e viçosa
Um assassinato a cada mês
Teu fardo de mulher ser
E se te salvas de matar e então a semente ter
Da maçã que comeste uma vez
Perpetua-se por mais de mês
Teu desejo, tua dor e teu prazer