AMOR INVETERADO
Corre a semana, vem sétimo dia!
Seis dias de espera, ânsia e saudade,
Vê-se longe o dia, vê-se a vontade,
Quanto mais desejo, mais a agonia.
O ciclo que não para, infinda ironia,
Pois de novo chega a mesma ansiedade,
A espera longa, a necessidade
De ver-te de novo, coisa que vicia.
Se o amor é vício, sou um viciado,
Pois de amor eu vivo embebedado,
E de amor pretendo, enfim, morrer.
Não adianta, não há recuperação,
Pois já estou escravo,doido sem razão,
Já está tomado todo o meu ser.
(YEHORAM)