COMO AS ÁGUAS DE UM RIO. soneto-293.

Como águas de um rio que desliza mansamente,

Assim viaja a saudade correndo nas minhas veias,

Às vezes vem disfarçada e judia um pouco a gente,

Outras vezes intensa como o mar em maré cheia.

É como rolo compressor amassando minha vida,

Não impetro em me safar de seus efeitos latentes,

Leva-nos por seus caminhos e estradas coloridas,

Coração mesmo abatido finge que está contente.

Na mente é turbilhão no peito é dor que sufoca,

É dor que anestesia quando o coração suporta,

Sapateia pela vida de quem já amou um dia.

E se vem tudo domina assim como tempestade,

Vira de pernas pro ar o coração quando invade,

É como age a saudade e o espírito se inebria.

Cosme B Araujo.

20/12/2012.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 20/12/2012
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