BIOGRAFIA. Soneto-292.

Sou chuva que não ensopa o solo já ressequido,

O verão que não aquece quando já se é estio,

O sopro longo do vento pelas grutas escondido,

E abafa o calor da rocha nos cotovelos do rio.

Sou sereno que semeia o choro pelas campinas,

Das savanas africanas sou o calor escaldante,

Do gotejar impotente confesso sou a neblina,

A cobrir de verde a relva encanto do viajante.

Sou a nuvem passageira que viaja sem parar,

Embaço o calor do sol para a terra se deitar,

E o sabor da vingança de um coração partido.

Sou o perfume da rosa nas noites de primavera,

O luminar do planeta que conduz as caravelas,

A lágrima a cair dos olhos e um coração ferido.

Cosme B Araujo.

20/12/2012.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 20/12/2012
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