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HERÓI DOS VERDES MARES
[CCCLXXVI]
Por rebelar-se em prol da abolição
da escravatura negra, aqui, primeiro,
Dragão do Mar*, valente jangadeiro,
de embates sociais foi guardião.
Sem transportar escravos, por dinheiro,
o herói fechou dos mares o portão
e a todos franqueou libertação,
ao Ceará tornando um pioneiro.
Bravo titã dos nossos verdes mares,
deu-se a motins e greves que vingaram,
da escravidão trazendo paz aos lares.
Quis Dom Pedro II a mão te dar,
quando, na Corte, simples, lá chegaram,
tu e teus nautas, oh Dragão do Mar!
Fort., 19/12/2012.
- - - - -
(*) Dragão do Mar é o epíteto que Aluísio Azevedo, romancista maranhense, em jornais do Rio de Janeiro, quis dar, como homenagem, ao jangadeiro cearense Francisco José do Nascimento (1839-1914), aqui apelidado “Chico da Matilde”.
De origem cabocla, o aracatiense liderou greves em portos do Ceará, principalmente em Fortaleza, tendo como fim impedir o transporte de escravos para as fazendas do sul do País.
Como o movimento vingou, em 25 de março de 1884, quatro anos antes da Lei Áurea, que iria alforriar em definitivo a escravidão, no Brasil, os escravos cearenses foram libertados, tendo sido a cidade de Redenção a que primeiro efetivou o ato libertário.
Vitorioso, por combater o tráfico negreiro, o “Chico da Matilde”, velejando sua jangada, por nome de LIBERDADE, acompanhado só de poucos companheiros, aportou no Rio, onde foi recebido pelo Imperador e ganhando, do autor de O cortiço, o honroso título de Dragão do Mar, incontestavelmente um dos nossos heróis.
Em sua memória, Fortaleza, hoje, dá o nome de CENTRO DRAGÃO DO MAR ao mais importante espaço cultural do Estado, com diversas salas de cinema, auditórios, livrarias, feira de artesanatos e variados espaços artísticos e culturais. O Centro situa-se em uma das mais aprazíveis e centrais praias fortalezenses, a boêmia Praia de Iracema.
HERÓI DOS VERDES MARES
[CCCLXXVI]
Por rebelar-se em prol da abolição
da escravatura negra, aqui, primeiro,
Dragão do Mar*, valente jangadeiro,
de embates sociais foi guardião.
Sem transportar escravos, por dinheiro,
o herói fechou dos mares o portão
e a todos franqueou libertação,
ao Ceará tornando um pioneiro.
Bravo titã dos nossos verdes mares,
deu-se a motins e greves que vingaram,
da escravidão trazendo paz aos lares.
Quis Dom Pedro II a mão te dar,
quando, na Corte, simples, lá chegaram,
tu e teus nautas, oh Dragão do Mar!
Fort., 19/12/2012.
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(*) Dragão do Mar é o epíteto que Aluísio Azevedo, romancista maranhense, em jornais do Rio de Janeiro, quis dar, como homenagem, ao jangadeiro cearense Francisco José do Nascimento (1839-1914), aqui apelidado “Chico da Matilde”.
De origem cabocla, o aracatiense liderou greves em portos do Ceará, principalmente em Fortaleza, tendo como fim impedir o transporte de escravos para as fazendas do sul do País.
Como o movimento vingou, em 25 de março de 1884, quatro anos antes da Lei Áurea, que iria alforriar em definitivo a escravidão, no Brasil, os escravos cearenses foram libertados, tendo sido a cidade de Redenção a que primeiro efetivou o ato libertário.
Vitorioso, por combater o tráfico negreiro, o “Chico da Matilde”, velejando sua jangada, por nome de LIBERDADE, acompanhado só de poucos companheiros, aportou no Rio, onde foi recebido pelo Imperador e ganhando, do autor de O cortiço, o honroso título de Dragão do Mar, incontestavelmente um dos nossos heróis.
Em sua memória, Fortaleza, hoje, dá o nome de CENTRO DRAGÃO DO MAR ao mais importante espaço cultural do Estado, com diversas salas de cinema, auditórios, livrarias, feira de artesanatos e variados espaços artísticos e culturais. O Centro situa-se em uma das mais aprazíveis e centrais praias fortalezenses, a boêmia Praia de Iracema.