Soneto aos Mortos
Verme que no ermo cemitério freme
Qual tortura infausta vil e maldita
Numa desventura triste infinita
Que no coração mísero seu preme.
Carne pútrida que no solo treme
Mortos sepultos mistérios e incógnita
Pra que tanta soberba mal que dita
O caminho do homem triste geme.
A gritar por socorro ninguém ouve
Nesta terra de mortos insepultos
Que vagam por aí ignotos e incultos.
Verme bendito que corrói os insultos
Dos que se foram e no inferno move
A roda dos execrados comove.
Herr Doktor