SONETO DE ÊXTASE
Sinto um calor tão benigno
que me encanta e sustenta
e sinto que a vida me acalenta
e a felicidade me crava seu signo.
Em paz, encontro uma luz
que brilha, cega e arde
não me assusta, mesmo que me enfade
apenas me dá prazer, me seduz.
E aí, me torno neste calor
e me transformo também em luz
por uma osmose tão atroz
posso explicar que isso é amor
e mesmo que o fim seja em cruz
hoje somos astros: dois sóis.
26 de Maio de 1993