SONETO DE CONFLITO

Quando a lua surge no céu

e cega minha’lma com seu brilho

fico indefeso: jogado ao léu

fico perdido: trem sem trilho

E busco a solução exata

para o fim da minha agonia

mas a lua mostra sua espada de prata

me privando, assim, da luz do dia.

Não há sequer um pouco de paz

para consolar todo o meu viver

e a alma já não sabe o que fazer

diante deste brilho tão voraz

que não serve só pra iluminar o chão

mas para me mostrar quão feia é a

escuridão.

13 de Março de 1993

Marcelo Lopes
Enviado por Marcelo Lopes em 19/12/2012
Código do texto: T4043111
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