SONETO DE CONFLITO
Quando a lua surge no céu
e cega minha’lma com seu brilho
fico indefeso: jogado ao léu
fico perdido: trem sem trilho
E busco a solução exata
para o fim da minha agonia
mas a lua mostra sua espada de prata
me privando, assim, da luz do dia.
Não há sequer um pouco de paz
para consolar todo o meu viver
e a alma já não sabe o que fazer
diante deste brilho tão voraz
que não serve só pra iluminar o chão
mas para me mostrar quão feia é a
escuridão.
13 de Março de 1993