QUEM ME DERA...
Tantos sinais escondidos no peito,
São marcas de quem já viveu o amor,
Sem se interessar pela forma ou jeito,
Apenas sentindo, dando asas ao andor.
Trilhas seguidas em espinhos e pedras,
Outras vielas de tristezas e escuridão,
Mas já senti e sinto o olhar pela fresta,
Dos olhos de quem mira o meu coração.
Assim, também, já fui vigília e espera,
Em noites dolentes e frias, solidão,
E, por vezes suspirei: Quem me dera,
Sonhando o beijo surpresa da fera,
Felina das garras de carinho e arranhão,
Ferida que passa. E se fica... Quem me dera.