DESAVENÇA LITERÁRIA
Entro em campo com armas em punho,
como quem traz a rude fúria amostra!
Parto pra dentro... Meu oponente se prostra,
ante ao apanágio meu, vernáculo-cunho.
Lá pelas tantas, suas garras, mostra!
E eu quase vou a nocaute... Mas acunho!
Num ringue-cárcere de um mês de junho,
esquivo-me outra vez, na luta "nostra".
Ataco pelos flancos, mudo o estilo,
ele, agora, parece-me tranquilo,
ao final de mais um difícil round.
Ao passar com a placa, uma mulher,
ele traduz um poema do Baudelaire,
e, no item tradução, vou de Ezra Pound.