A PENA DO POETA...

**** versos octossílabos ***

Nas mãos, a pena adeja breve,

em versos ternos, despendidos,

nas pautas ermas, livres, leves,

e cria os sonhos mais floridos...

Na dança bela, então, escreve,

em rimas vastas, sons unidos,

O mar, a terra, o fogo, a neve,

saudade e dor, amor partido!...

E, trêmula, qual chama finda,

d’um círio em prantos flamejantes,

A mão abraça a pena, forte!...

Copia-se um verso adejante,

que voa ao céu co’a lua linda,

Tal qual minh’alma após a morte!

Aarão Filho

São Luís-Ma, 18 de Dezembro de 2012.