Reflexos de um velho espelho

"Eu não entendo os fins do que acontece

E tudo me parece já vivido.

Consigo, nesta pena sem sentido,

Sentir que a lucidez desaparece.

Os fins que existem sempre numa prece

Escondem-me o futuro já ouvido.

Talvez sejam sinais d'amor perdido

Em outra vida vã que reaparece..."

Foi isso o que sorriu-me um velho espelho

Após ter refletido um ser celeste...

E o riso terminou em tal conselho:

"Destino não é algo que se teste...

E - quando eu morto for - que só me reste

O reflexo da dama de vermelho!"

18/12/2012

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 18/12/2012
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