Boi de Piranha
Edir Pina de Barros
Levando na cintura o sapicuá,
por sobre suas roupas e perneiras,
(como é comum, nas cenas pantaneiras)
vão os vaqueiros, com seu guaraná;
caminham pela estrada e suas beiras,
um boi mugindo aqui, outro acolá,
e escapa, da boiada, um boi baguá,
buscando a sombra fresca das mangueiras;
adiante, dão em águas de piranhas
e, usando os seus saberes, suas manhas,
atiram velho boi à própria sorte;
e toca, um dos vaqueiros, o berrante,
as lágrimas lavando o seu semblante,
saudando o velho amigo entregue à morte.
Brasília, 18 de Setembro de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 25
Edir Pina de Barros
Levando na cintura o sapicuá,
por sobre suas roupas e perneiras,
(como é comum, nas cenas pantaneiras)
vão os vaqueiros, com seu guaraná;
caminham pela estrada e suas beiras,
um boi mugindo aqui, outro acolá,
e escapa, da boiada, um boi baguá,
buscando a sombra fresca das mangueiras;
adiante, dão em águas de piranhas
e, usando os seus saberes, suas manhas,
atiram velho boi à própria sorte;
e toca, um dos vaqueiros, o berrante,
as lágrimas lavando o seu semblante,
saudando o velho amigo entregue à morte.
Brasília, 18 de Setembro de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 25