SINA

A força dos meus versos, um momento,

O clarão refulge no calor da tarde,

No ócio do solstício, o alheamento,

O grão astro do céu na pele arde.

E eu solitário, em prosa com o lamento

Do tempo que me entedia, tão covarde,

A brisa contrariando o aquecimento,

Me resfria do suor que me encarde.

E cismo a vida, o fado que me espera,

Não sei se o silêncio aqui coopera,

Preferiria ouvir o alarde da sentença.

Melhor que não ver sequer um amigo,

Alguém que finja se importar comigo,

Mas isso me acompanha de nascença.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 17/12/2012
Reeditado em 18/12/2012
Código do texto: T4040431
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