Na lira aguda.
Como era linda a noite com teu lume;
Ah, instantes infindos de bons afagos!...
Cá, dormiam olhares; jaziam perfumes!...
E o preâmbulo feérico já era mago.
Nos açoites da sonata em treva cume;
Eram mudos os estalos dos lábios ricos.
No trampolim; regalo em maior volume.
Em nosso mundo, Ó serenata em bico.
Se te versejo nas linhas à deriva
Porquanto outrora alentei-te em dádivas?!...
Em fornidos versos faustos na guarida.
Se em silêncio, procuro-te na lira plena;
Pairo na prosa dos pois selos serenos.
E em prol revoluteio na amena avenida.
(Airton Ventania)