O ESCAVEIRADO
O Esqueleto marfíneo sobre a estepe.
Observa os ossos em meio aos mortos-vivos,
Volta às vezes aos deuses primitivos
E os reverencia envolto em velha crepe.
Oferta a alma àquele que a decepe,
Frente ao Abismo dos açoites punitivos,
Ergue aos deuses os crânios pensativos,
Contemplativos como uma negra serpe!
Contempla o Escaveirado os reis funéreos,
Em meio a ossada escavada em cemitérios,
Fora das covas e do seu conforto.
Retorna à escuridão no alto do cerro,
Prepara a enferma alma p'ra o ermo enterro,
Ao avistar a caveira de um deus morto!