Coveiro

Minha rotina é enterrar desconhecidos:

Choro, perda, luto e corações feridos

Observando a dor de outros; tristeza

Nada sentia, demonstrava frieza

Porém , atendi aquele telefonema

Caí no abismo preso e, com algema

Desejava ver ele vivo novamente

Dessa vez lhe dar meu amor como presente

Ao cavar sua cova, muitas lágrimas

Pálido, minhas mãos tremem, suadas

Estava morto o meu pai querido

Nunca tinha prezado sua amizade

Hoje, um grande vazio me invade

Vivo com remorso do tempo perdido.

Susan Ferreira
Enviado por Susan Ferreira em 16/12/2012
Código do texto: T4038800
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