Amalgama-me

Não existe vazio na mente desta poeta.
Dona de alma por demais ansiosa,
buscando compor aquela construção preciosa,
em um labor poético de mestra arquiteta.
 
Não existe vazio quando leio esta mulher.
De ânimo meu roto coração se enche.
Ardor, tácito sentir, a emoção o preenche.
Eu de sabença desejoso, em seu vasto pomar vou colher.
 

Alma beligerante que descortina verdades.
Toca-me o âmago, vai à origem.
Alcança vitórias e espalha saudades.
 
“Beligera” infante pelo bem.
Amalgama-me, extrai de mim verbosidades.
Lê-la, para mim é sagrado santiamém.
 
 
Este soneto foi inspirado na poesia "Amalgamação" da poetisa Aglaure Corrêa Martins:
(imagem obtida da internet)