O Sabiá
Certa manhã, na cama ainda,
Despertei alegre, pensando sonhar,
Ouvia, ao longe, lindo e triste cantar,
Levantei-me em busca da melodia linda.
Na praça ao lado cantava sózinho,
Indiferente aos passantes e curiosos,
Incansável, o misterioso passarinho,
Que repetia seus cantos, melodiosos.
A repetição, sem uma resposta igual,
Criou em mim uma vontade infernal,
De ver, conhecer, tão intenso cantador,
Solitário, escondido na frondosa árvore,
Lá estava ele, imponente, cantante,
O SABIÁ, só, procurando o seu amor!
Obs. Republicado com novo título.