Soneto da liberdade
Um desejo de liberdade toma
conta dominando a palavra presa
a tornando tão livre que algo a doma
a tal ponto de ser sua fortaleza.
Sua prisão cronometrada e riscada, (meticulosamente contada)
o ilimitado tempo era e se foi. (mais tempo perdido)
A memória só guarda esquecimentos. (dores apenas)
Agora predadora não tem pressa... (mas tem presa e presas)
Rimas de escolhas se libertam com cuidado
levando juntamente a antiga métrica bárbara
sempre escondida em seu selvagem coração revelado.
Não há nada neste pequeno mundo
que pare um coração demasiado livre...
a não ser a forma fixa!