Garça (2)
Edir Pina de Barros
Esgarça a alva garça o véu cinzento
da tarde tão tristonha, langorosa,
de todas, a mais gris, mais nebulosa,
depois de longo Agosto pestilento;
revoa e plana (belo movimento),
flutua lá nos céus, tão leve e airosa,
suave e branca pétala de rosa
levada, bem distante, pelo vento;
sozinha ela se vai tão branca e leve,
- um verso que no céu o vento escreve-
distante dos lugares que são seus;
as asas, que tremulam, são dois lenços
(ao seu corpinho frágil, sempre apensos),
que acenam, lá dos céus, um triste adeus.
Brasília, 15 de Dezembro de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 70
Edir Pina de Barros
Esgarça a alva garça o véu cinzento
da tarde tão tristonha, langorosa,
de todas, a mais gris, mais nebulosa,
depois de longo Agosto pestilento;
revoa e plana (belo movimento),
flutua lá nos céus, tão leve e airosa,
suave e branca pétala de rosa
levada, bem distante, pelo vento;
sozinha ela se vai tão branca e leve,
- um verso que no céu o vento escreve-
distante dos lugares que são seus;
as asas, que tremulam, são dois lenços
(ao seu corpinho frágil, sempre apensos),
que acenam, lá dos céus, um triste adeus.
Brasília, 15 de Dezembro de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 70