Busca
Poesia, minha amiga, onde andas?
Busquei-te pelos cantos desta vida,
nas ruas, nos jardins, quintais, varandas,
e agora estou aqui, tão só, perdida.
Menina eu te encontrei por essas bandas,
em véus de mil encantos embebida,
cantei-te nas rodinhas de cirandas,
brincando nas calçadas da avenida.
Por onde agora andas, poesia?
Seria insensatez, uma heresia,
chamar por ti, como te chamo assim?
O tempo se passou, depressa, aos trancos,
e estão, os meus cabelos, todos brancos,
mas a menina habita dentro em mim.
Brasília, 15 de Dezembro de 2012.
Sonetos Diversos, pg. 109
Sonetos selecionados, pg. 40
Poesia, minha amiga, onde andas?
Busquei-te pelos cantos desta vida,
nas ruas, nos jardins, quintais, varandas,
e agora estou aqui, tão só, perdida.
Menina eu te encontrei por essas bandas,
em véus de mil encantos embebida,
cantei-te nas rodinhas de cirandas,
brincando nas calçadas da avenida.
Por onde agora andas, poesia?
Seria insensatez, uma heresia,
chamar por ti, como te chamo assim?
O tempo se passou, depressa, aos trancos,
e estão, os meus cabelos, todos brancos,
mas a menina habita dentro em mim.
Brasília, 15 de Dezembro de 2012.
Sonetos Diversos, pg. 109
Sonetos selecionados, pg. 40