Soneto de Bruna
Discreta e formosíssima Bruna,
Enquanto te vejo a qualquer hora,
Em tuas faces a rosada Aurora,
Em teus olhos vejo minha bruma!
Enquanto com gentil cortesia,
O Ar, que fresco zéfiro te toca encanta,
Te espalha a rica trança núbia,
Quando vem passear-te pela noite tua.
Goza, feitiço da flor da mocidade,
Que o tempo te trata, com toda gentileza
E imprime em tudo a tua bondade.
Oh não aguardes que a madura personalidade
te converta ainda em mais flor, essa beleza,
já que és terra, jardim, céu, sol, e meu mar!
Rogério Guasti