ENFADADO
Se ando, corro, fico enlanguescido,
Parece que me pesa uma fadiga,
A morte com a foice em minha barriga,
Desilusões num corpo consumido.
Se perco a fé, no fim, sou socorrido,
Parece que a alma sempre me obriga
A conviver mais com a dor que é inimiga,
Não basta todo o tempo aqui sofrido!?
É estranho mesmo assim ter esperanças
Se que o eu quero é ver-me expirado
E fazer da sepultura minhas vinganças.
Mas se o que não fiz me atormenta
E o que já fiz deixa o mundo virado,
Por que a vida ainda me insta e tenta?
(YEHORAM) 11/12/2012