ENFADADO

Se ando, corro, fico enlanguescido,

Parece que me pesa uma fadiga,

A morte com a foice em minha barriga,

Desilusões num corpo consumido.

Se perco a fé, no fim, sou socorrido,

Parece que a alma sempre me obriga

A conviver mais com a dor que é inimiga,

Não basta todo o tempo aqui sofrido!?

É estranho mesmo assim ter esperanças

Se que o eu quero é ver-me expirado

E fazer da sepultura minhas vinganças.

Mas se o que não fiz me atormenta

E o que já fiz deixa o mundo virado,

Por que a vida ainda me insta e tenta?

(YEHORAM) 11/12/2012

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 13/12/2012
Código do texto: T4034043
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