Sentidos e veludos.
No dulçor da tua tez que alucina;
Culminam versos lúcidos; – afortunados.
O universo translúcido jaz na sina.
E na nudez que impele todo pecado!...
No teu corpo, delírio agudo e teoria.
Na pele e no talento sobretudo;
Ruminam os lírios da sabedoria;
Das vestes lamentosas no veludo.
E na rima bem feita, não sei... talvez!...
Fostes tu, que inspiraste a nitidez.
Dos olhos verdes, e, tons mates puros.
Nos vates do crepúsculo; lira e prosa.
E nas linhas, aperfeiçoas; – infindas rosas.
Em todo léu lináceo; – voa céu impuro.
(Airton Ventania)