OS PRESOS
Todos os presos atrás das grades,
Quietos ao fundo das celas frias,
Tristes ao quêdo das tristes tardes,
Em convulsões de árduas agonias!
A noite traz as velhas saudades,
Recordações de outros tantos dias,
Dias de inocência, ainda sem maldades,
De almas cheias de loucas euforias!...
É inverno, tudo está escuro e triste,
Névoas agora é tudo o que existe
Em cada cela, sempre as escuras...
Cada dia mais presos na cadeia,
São prisioneiros da própria teia,
Sim, como mortos em sepulturas!