GARGALHADA DA MORTE
(POES/189)
Na esquina, escura e longa, do tempo
O cansaço transparece pálido e lento
O sangue já não corre mais em fluxos
E os ciprestes acolhem vozes e refluxos.
Tormenta do silêncio fere a hora, o ócio
Friamente na esquina escura da loucura
Demente ri e gargalha o sono à criatura
Perdida e dominada no vazio dos ossos.
No corpo exausto crava o último grito
A treva avança e o olhar se consome
Devassa a matéria, aquieta às sombras.
Abismo final, intensos calafrios, medo.
Gargalha a morte o sono eterno e cruel,
Sobre a tumba de mármore negro e frio.
(POES/189)
Na esquina, escura e longa, do tempo
O cansaço transparece pálido e lento
O sangue já não corre mais em fluxos
E os ciprestes acolhem vozes e refluxos.
Tormenta do silêncio fere a hora, o ócio
Friamente na esquina escura da loucura
Demente ri e gargalha o sono à criatura
Perdida e dominada no vazio dos ossos.
No corpo exausto crava o último grito
A treva avança e o olhar se consome
Devassa a matéria, aquieta às sombras.
Abismo final, intensos calafrios, medo.
Gargalha a morte o sono eterno e cruel,
Sobre a tumba de mármore negro e frio.