Do se recompor
Se casta, vestes tu'alma insana
C'o pano branco que tirais das nuvens
Clareando gritos, vozes tão lúgubres
Que tentam dar-te às paixões mundanas
Desregrando-te a vida, manchando-te os feitos
C'o apelo vil de vício da carne
Manchando teu templo, cuspindo na arte
Relevando à pele esses teus desejos
Mas quando da espada lançais tua corte à amante
Que te reconhece no que tens de belo
Devolvendo-te a vida, te aguando com paz
Vês que tens uma estrada a seguir adiante
Esquecendo o qu' era tua dor e flagelo
Deixando o impulso da torpeza atrás