AMORES MORTOS
Eu sei minha cara, o quanto tentaste
Quando a corrente do amor te incendiou
Que deitaste versos no gozo da palavra
No escuro da ilusão, sentimentos cultivou
Não domaste a vida, o que ninguém pode fazê-lo
Enveredou-se nas sombras e se recolheu ferida
Sei que outros sonhos mais tarde rebrotaram
Porém as angustias voltaram no rastro do dor
Eu sei que o amor é tempestade bravia
Que tuas mágoas e penar não foi pequeno
Que tens agora na solidão, tua única aliada
Eu sei que já fechaste ao amor teus portos
Aonde ancoras em silencio, os velhos navios
O túmulo aonde jazem, teus amores mortos!