Lacrimejante
Junto a ti o lacrimal pensamento
Andando rindo aos prantos atura.
À cava hiante da loucura escura
Sepultura como flor do tormento.
A Morte esquece-se da moça estranha
De corpo franzino e mãos delicadas
Criatura liberta das vidas ceifadas
Na dança tétrica o sonhar da sanha.
Vestida nas peles cingidas da noite
Nas lúgubres veredas dos açoites
Um ataúde de pedra azul dormente.
Nos descaminhos da morte a tua sorte
A loba deserta da escuridão
Faminta por sangue espesso de então.