NÃO ENTENDO O POR QUE! soneto-282.
Não consigo entender porque tanta humilhação,
Sofrida por inocente homem sem nada praticar,
Em seus ombros esfolados de tamanha aflição,
Indefeso sendo açoitado não ousou reclamar.
As indiferenças de tantos que nem o conhecia,
Matavam-no ao martirizá-lo e escarnecê-lo,
Em cada gota de sangue que pelo chão caia,
Por quem não lhes tiveram nenhum desvelo.
Olhando em agonia aquela turba enfurecida,
Tirando-lhe aos poucos sua preciosa vida,
Cravos nas mãos a rasgar-lhe a alma em dor,
Não sei por que sofreu tantos insultos assim,
Em toda a agonia impetrou pensar em mim,
Sendo Deus não se escusou de dar-me amor.
Cosme B Araujo.
11/12/2012.