Tempo Frio
A dez graus, o frio que mata
A carne e a alma de solidão;
Fere na minh’alma, maltrata
E da um nó no meu coração!
A janela embaçada, congelada,
Não me deixa ver a vida passar
Não vejo pessoas na calçada
O tempo está morto e sem ar!
Não posso segurar n’alguém
E atravessar o deserto da visão,
Pois o que não sinto está além
A janela embaçada, a escuridão...
Aterrorizam-me os daqui e dalém!
U’a mão! U’a mão! Por favor, irmão!
A dez graus, o frio que mata
A carne e a alma de solidão;
Fere na minh’alma, maltrata
E da um nó no meu coração!
A janela embaçada, congelada,
Não me deixa ver a vida passar
Não vejo pessoas na calçada
O tempo está morto e sem ar!
Não posso segurar n’alguém
E atravessar o deserto da visão,
Pois o que não sinto está além
A janela embaçada, a escuridão...
Aterrorizam-me os daqui e dalém!
U’a mão! U’a mão! Por favor, irmão!