Tempo certo
No anoitecer do tempo assim te busco
Em sombras bruxuleantes tal oculto
Busco na sorte distante o tumulto
Esquadrinho o ninho do fiel Etrusco.
Poeta do caminho sozinho passa
Desgraça lassa desdita não dita
Maldita dor do poema que caça
Poetisa dos sonhos meus reflita.
Nos olhares da morte o corte sangra
Chegada da ferida lancinante
Última nau a atracar naquela angra.
Frente o desejo o beijo inexistente
Brumas donas do amor intermitente
Laceração funda a lágrima sangra.