O POETA DEVORADO
Se cada verso meu que é bem rimado,
Não apetece ao tal brusco leitor fino,
Que, aliás, pra escrever lhe falta tino;
Sou eu a comida que o tenha engasgado!
E ainda que assim te diga eu muito pouco,
Do que é o teu culto (...) ao meu ímpio sublevado;
Inveja o “eu poeta” ao lerdes-me calado!
Veja então que se eu não sou - tu que és louco!
Por que: Loucura é não saber escrever
Bem..., ao querer criticar a quem sabe;
Sendo que o poeta à sua sobrevivência...,
...Alimenta-se do que ele só antever;
...Só ao seu estro e em flagelo e dito, se cabe!
Ah! Tua sobremesa é a minha clemência!