O POETA DEVORADO

Se cada verso meu que é bem rimado,

Não apetece ao tal brusco leitor fino,

Que, aliás, pra escrever lhe falta tino;

Sou eu a comida que o tenha engasgado!

E ainda que assim te diga eu muito pouco,

Do que é o teu culto (...) ao meu ímpio sublevado;

Inveja o “eu poeta” ao lerdes-me calado!

Veja então que se eu não sou - tu que és louco!

Por que: Loucura é não saber escrever

Bem..., ao querer criticar a quem sabe;

Sendo que o poeta à sua sobrevivência...,

...Alimenta-se do que ele só antever;

...Só ao seu estro e em flagelo e dito, se cabe!

Ah! Tua sobremesa é a minha clemência!

Setedados
Enviado por Setedados em 09/12/2012
Reeditado em 10/12/2012
Código do texto: T4027344
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