TRISTE LUAR DE AMOR
Ao meu estático ser que a orbe fria fita,
Que vê sonhos longínquos de uma espera
Em saudades, que no peito palpita;
É também reverência a linda esfera!
O que a lua não me diz..., vou imaginando
Num tempo que passou; mas, que vivo ainda
Dentro deste amor assim me apegando,
Cingido a uma saudade que não finda!
O seu alfarrábio prata transparece
Tristonho, mas, soberbo!..., e a libertada
Idolátrica ao meu íntimo se aquece!
Ao alvor, tua face por mim é chorada,
Depois que a triste lua desaparece
Em vigor, pra outra noite (Ó Minha amada!).