ESPELHO MEU. Soneto- 281.
Sempre verdadeiro em suas interminancias,
Mostra-nos verdadeiramente o que somos,
Pelas feições se amorosos ou em arrogâncias,
Através dele nós mesmo as constatamos.
Tem fidelidade quando reflete nossa imagem,
Nitidamente revela as marcas estampadas,
Embora às vezes venha nos faltar coragem,
Em admitir as realidades ali desvendadas.
Impoluto vigilante verdadeiro e imparcial,
Esteja onde estiver mostra a verdade natural,
Insensível em silêncio descobre as vaidades.
Mostra-nos quilo que não se quer acreditar,
Até marcas que o tempo em nós vem implantar,
Velho espelho incapaz de ocultar a verdade.
Cosme B Araujo.
09/12/2012.