SINTO CALMA A NOITE. soneto-280.

Sinto calma à noite, a soprar o vento frio,

Cães ladrando pelos becos escuros da cidade,

Dar pra percebe-se que o mundo está sombrio,

E o céu embaçando-se com pouca claridade.

Não há estrelas em meio a nuvens carregadas,

Até o brilho do luar por receio hoje se ocultou,

Em prenúncio vislumbro noite pragmatizada,

Parece um fúnebre enlaço de dia que findou.

Embora calma a noite seja um tanto tão escura,

Como se quisesse retratar minhas amarguras,

A completar o intenso sofrimento de meu ser.

Em desalento pus-me a reviver o meu passado,

E como um sonho foi-me ali tudo declarado,

A ponto de deixar transparecer o meu sofrer.

Cosme B Araujo.

09/12/2012.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 09/12/2012
Reeditado em 09/12/2012
Código do texto: T4027143
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