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ESTIAGEM [CCCLXXIV]
 


Faz estio nas várzeas, nas campinas,
dos sertões lá num ermo tão agreste;
outra vez, grande seca, no Nordeste,
um tormento que marca tantas sinas.
 


Estiagem, sequer sem mais neblinas,
sul a norte, e também de leste-oeste,
como prova dos céus, quiçá um teste,
que nos meça as agruras nordestinas.
 


Falta d’água, as coortes na rodagem,
indo à busca de um líquido tão raro,
pois os gados já morrem n’estiagem.
 


Gente simples, de bravos sertanejos,
à intempérie, se fina ao desamparo,
no rosto do latifúndio e seus desejos.
 

Fort., 09/12/2012.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 09/12/2012
Reeditado em 11/12/2012
Código do texto: T4027090
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