SIM... ADMITO...
Juro que toda a saudade foi esquecida,
Veja que já começo nessa linha a mentir,
É traição! Esse coração e mãos vencidas,
Diz e escrevem o que não quero admitir.
E sempre é assim quando me eternizo,
Num vão negar, e aí os olhos brilham,
Inútil relutar que, internamente, preconizo,
Enquanto me ajoelho e o chão eles trilham.
Não é mais uma dor, demente ser sentir,
Faz parte desse leve ar que então respiro,
E às vezes me nego a ele, simples resistir.
É assim, não reclamo apenas suspiro,
Pergunta solta no ar: Será que posso existir?
Ao me olhar no espelho... Sim. Admito.