SIM... ADMITO...

Juro que toda a saudade foi esquecida,

Veja que já começo nessa linha a mentir,

É traição! Esse coração e mãos vencidas,

Diz e escrevem o que não quero admitir.

E sempre é assim quando me eternizo,

Num vão negar, e aí os olhos brilham,

Inútil relutar que, internamente, preconizo,

Enquanto me ajoelho e o chão eles trilham.

Não é mais uma dor, demente ser sentir,

Faz parte desse leve ar que então respiro,

E às vezes me nego a ele, simples resistir.

É assim, não reclamo apenas suspiro,

Pergunta solta no ar: Será que posso existir?

Ao me olhar no espelho... Sim. Admito.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 09/12/2012
Código do texto: T4026563
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