CARA

A minha cara é a face da poesia.
Esta do fingidor que impressiona,
No rosto o mimetismo in persona,
No verso um byroniano da boemia.

Na mimese da dor ruge alegria
- Pois que nem uma delas me abandona -,
Elas que andam comigo, de carona,
Barbudas ou raspadas com ousadia.

A minha cara é a face da história;
Essa que desmascara a besta humana,
Que do mundo quer ser a palmatória.

E desta evolução sobrevivente,
Em meio a ‘sta novela balzaquiana,
Mi’a cara ora é de santo, ora é serpente.

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LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 08/12/2012
Reeditado em 08/12/2012
Código do texto: T4026384
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