Um início

Guerreira dileta, não te desculpes.
A “mágoa” não existe. Existe sim algo que me parte.
Levo neste soneto o meu desejo de bem conhecer-te.
Leviano não serei, e peço: da verdade não me poupes.
  
Do que ainda te não conheço sinto saudades sem fim.
Saudades de encaixar-te em meu peito.
De estar aí, estar em ti, de sentir o ar rarefeito.
Mesmo sem sabê-lo: saudades de teus braços em volta de mim.
 

Perdão por assim eu te escrever.
É que acabei de ouvir Tom e Vinicius.
Surgiram em meu peito vontades: quero te ver, quero te ler.

 
Sinto-me sofrer, mas é um sofrer sem suplício.
Domino esta dor, converto-a em prazer,
acreditando que um dia teremos juntos um início.

 
06/12/2012
 
(imagens obtidas da internet)